Médica sem especialidade em Pediatria é investigada pela morte de criança em Manaus

MANAUS – A médica Juliana Brasil Santos (CRM 10771-AM) é a investigada principal no caso da morte do menino Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, ocorrida no domingo (24) no Hospital Santa Júlia, em Manaus. A família e o receituário hospitalar apontam que a criança teria recebido uma superdosagem de adrenalina intravenosa, prescrita pela profissional.

Benício foi atendido no hospital com sintomas de gripe, tosse seca e suspeita de laringite. O documento médico do dia de sua morte, assinado pela Dra. Juliana Santos, mostra que ela prescreveu adrenalina com uma dose total de 9 ml, a ser administrada por via intravenosa, com a instrução específica de "fazer 3 ml puro de 30 minutos 3x".

De acordo com o pai, Bruno Freitas, a criança pesava 21 kg, e a família estranhou a dosagem indicada, uma vez que o menino já havia utilizado o mesmo medicamento em ocasiões anteriores, mas em quantidades menores e por vias não intravenosas, sem complicações. Questionada por um familiar, uma técnica de enfermagem teria dito que seguiria a orientação da médica.

Antes de morrer, Benício sofreu seis paradas cardíacas e sangrou pela boca e nariz, sintomas compatíveis com uma reação aguda a uma dose excessiva de adrenalina.

Especialidade não registrada

Um dado crucial surgiu após o ocorrido: a Dra. Juliana Santos, apesar de ter utilizado um carimbo no receituário, não tem especialidade registrada em Pediatria no Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM). A informação levanta questionamentos sobre a qualificação adequada para o atendimento de pacientes pediátricos.

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