Brasília, 31 de agosto de 2025 — Uma denúncia explosiva sacudiu os bastidores do Congresso Nacional. Segundo relato obtido com exclusividade pelo portal ICL Notícias e confirmado em depoimento à Polícia Federal, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas, teria recebido uma sacola de papelão com dinheiro vivo enviada por dois dos principais operadores do esquema bilionário de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A entrega teria ocorrido em agosto de 2024, dentro do gabinete do senador em Brasília, segundo testemunha que afirma ter presenciado os preparativos do encontro. Os responsáveis pela suposta propina seriam Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco” — ambos apontados pela PF como chefes do esquema criminoso que movimentou mais de R$ 52 bilhões por meio de fundos de investimento e distribuidoras de combustíveis.
A Sacola e o Gabinete
De acordo com a fonte, Beto Louco teria afirmado que a sacola — “grampeada, larga, compatível com o tamanho de cédulas” — seria entregue pessoalmente a Ciro Nogueira. O objetivo: influenciar decisões na Agência Nacional do Petróleo (ANP), onde os empresários tentavam reverter a revogação de licenças de empresas investigadas, como Copape e Aster, além de pressionar projetos de lei no Senado, incluindo o PL 125/2022, que trata do “devedor contumaz”.
A testemunha, cuja identidade está sob sigilo, prestou depoimento formal à Polícia Federal e reiterou as mesmas informações reveladas em entrevista gravada com os jornalistas Leandro Demori e Cesar Calejon, do ICL Notícias.
Reação de Ciro Nogueira
Em resposta, o senador enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negando veementemente qualquer envolvimento com os acusados. No documento, Nogueira classificou o ICL como um “site de pistoleiros” e afirmou que jamais recebeu os suspeitos em seu gabinete.
“Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição — a começar pelos de meu gabinete, de meu telefone e todos os demais — para comprovar que em tempo algum mantive qualquer ligação com qualquer facção criminosa”, escreveu o parlamentar.
Implicações Políticas
A denúncia surge em um momento delicado, às vésperas da votação do PL 125/2022, que endurece regras contra empresas que adotam a inadimplência como modelo de negócio. O projeto foi acelerado após a deflagração da Operação Carbono Oculto, que revelou o uso de mais de mil postos de combustíveis como canais de lavagem de dinheiro.
Fontes do Congresso indicam que a denúncia pode reverberar nas articulações políticas para 2026, onde Nogueira é cotado como possível vice em uma chapa presidencial. A oposição já articula pedidos de investigação no Conselho de Ética do Senado.