O Calvo do Campari preso por agressão expõe o perigo do machismo amplificado nas redes sociais

Caso de Thiago Schutz, o Calvo do Campari, reacende debate sobre responsabilidade digital e proteção às vítimas de violência doméstica

Na noite de 18 de novembro, em Salto, interior de São Paulo, o influenciador Thiago Schutz, conhecido como Calvo do Campari, foi preso em flagrante após agredir fisicamente sua namorada. A vítima relatou que “parecia que queria me matar”, descrevendo a violência que incluiu tapas, chutes e uma tentativa de estupro. Ela conseguiu escapar e acionou a Polícia Militar, que efetuou a prisão.

Após o ocorrido, a mulher foi encaminhada ao hospital municipal para receber atendimento médico. No dia seguinte, Schutz passou por audiência de custódia. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, onde o influenciador acumula milhares de seguidores.

Essa não é a primeira vez que Thiago Schutz se envolve em episódios de violência contra mulheres. Em 2023, ele foi denunciado por ameaças online contra a atriz Lívia La Gatto, mas o processo acabou suspenso. A reincidência expõe falhas na responsabilização de agressores e reforça a sensação de impunidade que alimenta a continuidade da violência.

O Perigo da Influência Digital

  • Alcance massivo: Influenciadores digitais moldam comportamentos e opiniões de milhares de seguidores.
  • Normalização da violência: Quando figuras públicas reproduzem atitudes machistas e violentas, criam um ambiente em que outros homens se sentem legitimados a agir da mesma forma.
  • Impacto social: O machismo, já enraizado culturalmente, ganha força quando encontra eco em discursos e ações amplificados pelas redes.
A fala da namorada de Schutz — “parecia que queria me matar” — revela a gravidade da situação e a urgência de políticas públicas que garantam acolhimento e proteção às vítimas. Muitas mulheres enfrentam barreiras para denunciar seus agressores, seja por medo, dependência financeira ou descrédito social.
Responsabilidade das Plataformas e da Justiça
  • Plataformas digitais: Precisam assumir responsabilidade sobre conteúdos que circulam em seus espaços, especialmente quando influenciadores promovem discursos de ódio ou comportamentos abusivos.
  • Justiça: Deve agir com rigor, não apenas para punir, mas para prevenir novas agressões.
  • Sociedade: É papel coletivo questionar e denunciar figuras públicas que reforçam estereótipos machistas e violentos.
O caso de Thiago Schutz não é apenas sobre um influenciador que agrediu sua namorada. É sobre como o machismo, quando amplificado por vozes com grande alcance, se torna ainda mais perigoso. É sobre a necessidade de responsabilização, acolhimento às vítimas e vigilância constante contra a propagação de ideias que naturalizam a violência.
Cada denúncia exposta é um passo para romper o ciclo de silêncio e impunidade que sustenta a violência contra mulheres.

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