O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) recusou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa da técnica de enfermagem Raiza Bentes Praia, investigada pela morte do menino Benício Xavier de Freitas, de seis anos, após aplicação errada de adrenalina em Manaus. O recurso já havia sido concedido para a médica Juliana Brasil Santos, responsável pela prescrição errada.
Benício morreu na madrugada do dia 23 de novembro. A técnica de enfermagem foi a responsável pela aplicação do medicamento na veia da criança. A médica admitiu o erro em um documento enviado à polícia e em mensagens em que pediu ajuda ao médico Enryko Queiroz, mas a defesa dela afirma que a confissão foi feita "no calor do momento". Ambas respondem ao inquérito em liberdade.
O desembargador justificou que o recurso não foi aceito porque foi a técnica de enfermagem quem executou diretamente a aplicação da adrenalina em dose elevada e por via inadequada sem realizar a checagem exigida pelos protocolos de enfermagem.
Ainda na decisão, o magistrado destaca que o habeas corpus preventivo foi concedido para a médica pelo fato de a defesa alegar que ela prescreveu a medicação, mas não percebeu que a receita saiu impressa com indicação de aplicação intravenosa.