A cidade de Sorocaba (SP) está no centro de um escândalo político de grandes proporções. A Polícia Federal afirma que o prefeito afastado Rodrigo Manga (Republicanos) liderava uma organização criminosa estruturada dentro da administração municipal, responsável por desviar recursos públicos de áreas essenciais como saúde, transporte, coleta de lixo e vigilância patrimonial.
Operação Copia e Cola: o cerco se fecha
A investigação, batizada de Operação Copia e Cola, revelou um esquema sofisticado que envolvia:
- Contratos superfaturados com empresas terceirizadas;
- Empresas de fachada utilizadas para simular prestação de serviços;
- Planilhas paralelas com códigos como “City” (transporte) e “lx” (coleta de lixo), usados para mascarar pagamentos suspeitos.
Três operadores do esquema já foram presos, incluindo o cunhado e o empresário de confiança de Manga. O prefeito foi afastado por 180 dias e está proibido de manter contato com servidores públicos.
Rodrigo Manga, reeleito em 2024, ganhou notoriedade nacional como o “prefeito tiktoker”, por usar as redes sociais com vídeos chamativos e tom humorístico para promover sua gestão. No entanto, segundo a PF, essa imagem pública contrastava com os bastidores de sua administração, marcada por práticas ilícitas desde o início do mandato em 2021.
A esposa de Manga, Sirlange Maganhato, também foi atingida pelas investigações. Ela foi exonerada do cargo de presidente do Fundo Social de Solidariedade e é suspeita de lavagem de dinheiro e recebimento de propina. A PF aponta que familiares próximos eram usados para movimentar recursos de origem ilícita.
O escândalo abalou a política local e gerou forte repercussão nacional. A Câmara Municipal e o Ministério Público acompanham de perto os desdobramentos. A PF segue analisando documentos e contratos suspeitos, e novas prisões não estão descartadas.