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| Uma profissional de saúde é vista em 2005 com lixo para descarte do lado de fora de uma ala de isolamento em Angola, durante um surto do vírus de Marburg que matou mais de 200 pessoas. Fotografia: Mike Hutchings/Reuters |
A Etiópia confirmou um surto do mortal vírus Marburg no sul do país, informou no sábado o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (Africa CDC).
O vírus Marburg é um dos patógenos mais letais conhecidos. Assim como o Ebola, causa hemorragias graves, febre, vômitos e diarreia, com um período de incubação de 21 dias.
Também como o Ebola, é transmitido por contato com fluidos corporais e possui uma taxa de letalidade entre 25% e 80%.
O diretor da Organização Mundial da Saúde, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou na sexta-feira que pelo menos nove casos foram detectados no sul da Etiópia, dois dias após o Africa CDC ser alertado sobre um vírus hemorrágico suspeito na região.
“A doença pelo vírus Marburg (MVD) foi confirmada pelo Laboratório Nacional de Referência (na Etiópia)”, disse o Africa CDC.
“Investigações epidemiológicas adicionais e análises laboratoriais estão em andamento, e a cepa viral detectada apresenta semelhanças com aquelas previamente identificadas na África Oriental.”
“Investigações epidemiológicas adicionais e análises laboratoriais estão em andamento, e a cepa viral detectada apresenta semelhanças com aquelas previamente identificadas na África Oriental.”
As autoridades de saúde etíopes agiram rapidamente para confirmar e conter o surto na região de Jinka.
O Africa CDC afirmou que trabalhará com a Etiópia para garantir uma resposta eficaz e reduzir o risco de disseminação do vírus para outras partes da África Oriental.
Uma epidemia de vírus Marburg matou 10 pessoas na Tanzânia em janeiro, antes de ser encerrada em março.
Ruanda informou, em dezembro de 2024, que conseguiu erradicar sua primeira epidemia conhecida de Marburg, que causou 15 mortes.
Não há vacina ou tratamento antiviral aprovado para o vírus Marburg, mas a reidratação oral ou intravenosa e o tratamento de sintomas específicos aumentam as chances de sobrevivência dos pacientes.
No ano passado, Ruanda testou uma vacina experimental desenvolvida pelo Sabin Vaccine Institute, sediado nos Estados Unidos.