CASO EPSTEIN, ARQUIVOS LIBERADOS PELA CÂMARA PODEM EXPOR POSSÍVEIS CRIMES DE DONALD TRUMP
A Câmara dos EUA aprovou, por 427 votos a 1, a liberação dos arquivos do caso Jeffrey Epstein; o projeto segue agora para o Senado, com expectativa de aprovação.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18) um projeto de lei que obriga o Departamento de Justiça a divulgar todos os arquivos relacionados ao caso Jeffrey Epstein, o financista acusado de comandar uma rede de exploração sexual de menores. A votação foi quase unânime: 427 votos a favor e apenas um contra, do deputado republicano Clay Higgins, da Louisiana.
A aprovação esmagadora surpreendeu por ocorrer poucos dias após o presidente Donald Trump mudar de posição sobre o tema. Inicialmente contrário à divulgação dos documentos — em meio a especulações sobre sua relação com Epstein —, Trump instruiu os republicanos a apoiarem o projeto no domingo (16), após a divulgação de novos e-mails em que o bilionário fazia menções comprometedoras ao presidente.
A mudança de postura foi interpretada como uma tentativa de encerrar as especulações e evitar desgaste político. O presidente da Câmara, Mike Johnson, também defendeu a liberação como forma de “restaurar a confiança pública” e “garantir transparência”.
Os documentos, cuja divulgação parcial já havia ocorrido, incluem trocas de e-mails, registros de voos e listas de contatos que podem revelar detalhes sobre a rede de tráfico sexual operada por Epstein e seus vínculos com figuras poderosas da política, finanças e entretenimento. Entre os nomes citados anteriormente estão Bill Clinton, o príncipe Andrew e o próprio Trump.
O projeto agora segue para o Senado dos EUA. Embora ainda haja incertezas sobre o apoio necessário para sua aprovação final, a tendência é de que o texto avance, dada a pressão pública e o apoio presidencial. Caso aprovado, Trump já sinalizou que sancionará a medida.
A liberação completa dos arquivos promete lançar nova luz sobre um dos escândalos mais controversos da história recente dos Estados Unidos — e pode ter repercussões políticas e jurídicas de grande alcance.