Três agentes de segurança são detidos sob suspeita de envolvimento em desvio e comércio ilegal de R$ 30 milhões em ouro
Uma operação de rotina da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (ROCAM) ganhou contornos dramáticos na noite desta quarta-feira, culminando na apreensão de um arsenal e de um tesouro de valor inestimável. A ação, realizada na rua Michel Fokine, no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus, resultou na descoberta de 55 barras de ouro, cujo valor é preliminarmente estimado em cerca de R\$ 30 milhões.
Além da impressionante quantidade de metal precioso, a operação também tirou de circulação quatro pistolas e uma metralhadora, armas de fogo de uso restrito que indicam o alto poder de fogo dos envolvidos.
Envolvimento Policial Choca a Capital
O elemento mais perturbador da ocorrência é a prisão de três agentes de segurança pública. De acordo com informações preliminares, o grupo detido é composto por um policial civil e dois policiais militares, todos suspeitos de integrar um sofisticado esquema de desvio e comercialização ilegal de ouro.
As prisões e o material apreendido foram imediatamente encaminhados à sede da Polícia Federal (PF) em Manaus. A PF assumiu a investigação do caso, que corre sob sigilo total devido à sua complexidade e ao envolvimento de agentes públicos. Até o momento, as autoridades federais mantêm cautela e não forneceram detalhes sobre a origem, o destino ou o esquema por trás do ouro.
Corregedorias Atuam para Desvendar a Trama
Diante da gravidade dos fatos, a Corregedoria da Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil foram prontamente acionadas para acompanhar de perto as investigações. O foco das corregedorias é duplo:
* Apuração da conduta: Detalhar a participação exata dos agentes públicos presos.
* Identificação de conexões: Desmantelar possíveis ramificações do esquema e identificar ligações com organizações criminosas que atuam no crime organizado, garimpo ilegal e no tráfico de bens preciosos na Amazônia.
A operação da ROCAM lança luz sobre a infiltração do crime organizado nas instituições de segurança e reforça a necessidade de uma fiscalização rigorosa no combate a crimes ambientais e de colarinho branco que envolvem a extração e o comércio ilegal de ouro. O caso promete ser um dos maiores escândalos envolvendo desvio de material precioso e corrupção policial no Amazonas nos últimos anos.