Imagens e relatos publicados na internet mostram que a bebê foi colocada dentro de uma estrutura improvisada feita com uma tampa plástica de bolo
IPIXUNA (AM) – Uma recém-nascida morreu horas após o parto depois de ser colocada em uma “incubadora improvisada” no Hospital Maria da Glória Dantas de Lima, localizado no município de Ipixuna, no interior do Amazonas. O caso ocorreu na terça-feira, 28/10, e causou comoção nas redes sociais.
Imagens e relatos publicados na internet mostram que a bebê, identificada como Maria Alice, foi colocada dentro de uma estrutura improvisada feita com uma tampa plástica de bolo. Apesar da tentativa da equipe médica de manter a criança viva, ela não resistiu e morreu horas após o parto.
A informação foi comentada pelo jornalista Keynes Breves, durante o quadro Fala Rios, do Jornal da Rios, na Rádio Rios FM 95,7, desta quinta-feira, 30.
Falta de estrutura e transferência não realizada
Segundo informações de familiares, a bebê nasceu prematura, com aproximadamente 32 semanas de gestação. Eles afirmam que os profissionais de saúde do hospital não providenciaram a transferência da recém-nascida para uma unidade de referência em Cruzeiro do Sul (AC), cidade mais próxima com estrutura adequada para casos de alto risco.
Maria Alice teria nascido na tarde de segunda-feira, 27. Testemunhas relataram que havia a previsão de transferência da criança, mas o procedimento não chegou a ser realizado.
Uma pessoa que acompanhou o atendimento contou, pelas redes sociais, que o médico improvisou um equipamento para auxiliar na respiração da bebê, conhecido como halo — uma câmara colocada ao redor da cabeça do recém-nascido que funciona como reservatório de oxigênio.
“O médico teve que improvisar para tentar salvar uma vida”, relatou uma testemunha.
Repercussão nas redes sociais
O caso repercutiu amplamente nas redes sociais, onde internautas denunciaram a falta de estrutura no hospital e classificaram a situação como “desumana”.
“Isso é uma vergonha! Um hospital funcionando sem equipamentos adequados”, escreveu uma usuária.
As publicações também reforçam o debate sobre a precariedade do atendimento a gestantes no interior do Amazonas, especialmente em casos de gravidez de alto risco.
Posição da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Ipixuna, por meio da direção do Hospital Maria da Glória Dantas de Lima, informou que se tratava de uma gestação de alto risco, com potencial para complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê, devido ao desenvolvimento físico e emocional ainda incompleto da criança.
A direção do hospital explicou que o uso da embalagem plástica como suporte respiratório foi uma medida emergencial, adotada de forma temporária para tentar preservar a vida da recém-nascida até a estabilização ou transferência. Segundo a nota, esse tipo de improviso é “reconhecido e utilizado em algumas unidades do SUS em situações de contingência”.
Ainda de acordo com o hospital, a equipe acionou imediatamente o Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e solicitou uma transferência aeromédica para Cruzeiro do Sul, mas, devido ao horário avançado, o transporte só poderia ocorrer no dia seguinte.
Sem resposta da SES-AM
O Portal Rios de Notícias entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para obter um posicionamento sobre o caso, mas ainda não recebeu retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.
Nota na íntegra
A direção da Unidade Hospitalar de Ipixuna vem a público esclarecer informações divulgadas nas redes sociais e portais de notícia a respeito do falecimento de um recém-nascido prematuro.
A Unidade Hospitalar de Ipixuna informa que, em 27 de outubro de 2025, foi admitida uma gestante com idade inferior a 14 anos, acompanhada de familiar, apresentando trabalho de parto ativo e idade gestacional estimada em 32 semanas, conforme avaliação ultrassonográfica.
Considerando a faixa etária da paciente, tratava-se de uma gestação de alto risco, com potencial para complicações graves tanto para a mãe quanto para o feto, em razão do desenvolvimento físico e emocional ainda incompleto. Entre as principais intercorrências associadas a essa condição estão parto prematuro, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e risco aumentado de óbito materno e neonatal.
O recém-nascido apresentou prematuridade extrema, peso de 1.805 gramas e índice de Apgar 4/6. Foi iniciado de imediato o protocolo de maturação pulmonar e prestado suporte clínico intensivo pela equipe médica e de enfermagem de plantão.
A unidade dispõe de capacete HOOD e incubadora para suporte neonatal. No entanto, durante o atendimento, a incubadora apresentou falha técnica, sendo necessário manter o recém-nascido em berço aquecido com oxigenoterapia por sistema alternativo.
Foi utilizada embalagem plástica como dispositivo improvisado para suporte respiratório suplementar, medida emergencial reconhecida e utilizada em diversas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em situações de contingência, com o objetivo de preservar a vida do paciente até a estabilização ou transferência.
A direção do hospital imediatamente acionou o Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e solicitou transferência aeromédica para a cidade de Cruzeiro do Sul (AC). Contudo, em razão do horário avançado, o transporte só pôde ser programado para o dia seguinte.
O hospital lamenta profundamente o desfecho do caso e reitera seu compromisso com a transparência, o atendimento humanizado e a melhoria contínua dos serviços de saúde pública no município de Ipixuna.
Direção da Unidade Hospitalar Maria da Glória Dantas de Lima
A Unidade Hospitalar de Ipixuna informa que, em 27 de outubro de 2025, foi admitida uma gestante com idade inferior a 14 anos, acompanhada de familiar, apresentando trabalho de parto ativo e idade gestacional estimada em 32 semanas, conforme avaliação ultrassonográfica.
Considerando a faixa etária da paciente, tratava-se de uma gestação de alto risco, com potencial para complicações graves tanto para a mãe quanto para o feto, em razão do desenvolvimento físico e emocional ainda incompleto. Entre as principais intercorrências associadas a essa condição estão parto prematuro, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e risco aumentado de óbito materno e neonatal.
O recém-nascido apresentou prematuridade extrema, peso de 1.805 gramas e índice de Apgar 4/6. Foi iniciado de imediato o protocolo de maturação pulmonar e prestado suporte clínico intensivo pela equipe médica e de enfermagem de plantão.
A unidade dispõe de capacete HOOD e incubadora para suporte neonatal. No entanto, durante o atendimento, a incubadora apresentou falha técnica, sendo necessário manter o recém-nascido em berço aquecido com oxigenoterapia por sistema alternativo.
Foi utilizada embalagem plástica como dispositivo improvisado para suporte respiratório suplementar, medida emergencial reconhecida e utilizada em diversas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em situações de contingência, com o objetivo de preservar a vida do paciente até a estabilização ou transferência.
A direção do hospital imediatamente acionou o Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e solicitou transferência aeromédica para a cidade de Cruzeiro do Sul (AC). Contudo, em razão do horário avançado, o transporte só pôde ser programado para o dia seguinte.
O hospital lamenta profundamente o desfecho do caso e reitera seu compromisso com a transparência, o atendimento humanizado e a melhoria contínua dos serviços de saúde pública no município de Ipixuna.
Direção da Unidade Hospitalar Maria da Glória Dantas de Lima