GOVERNO DE WILSON LIMA TIRA NOTA VERMELHA EM ALFABETIZAÇÃO

 Alfabetização no Amazonas: Desafios Persistentes em Contraste com Avanços Nacionais

Fonte: Sistemas Estaduais de Avaliação 2023 e 2024 - Percentual de municípios com resultados melhores em 2024   

Manaus, AM – Enquanto o Ministério da Educação (MEC) celebra uma melhoria geral nos índices de alfabetização do país, com 58% dos municípios brasileiros registrando avanços em 2024, o cenário no Amazonas levanta preocupações. Dados revelados pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada mostram que, embora o Brasil tenha elevado seu índice nacional de crianças alfabetizadas de 56% em 2023 para 59,2% em 2024, o estado do Amazonas apresenta um desempenho que destoa da média nacional e dos progressos de outras unidades da federação.

O Amazonas registrou um dos piores índices de alfabetização entre as crianças até o 2º ano do ensino fundamental, alcançando apenas 43,1%. Esse percentual coloca o estado significativamente abaixo da média nacional de 59,2% e de outras regiões que demonstraram notável progresso, como o Ceará, que atingiu impressionantes 85,3% e se destaca como um modelo de sucesso. Enquanto 18 estados brasileiros conseguiram melhorar seus resultados, o Amazonas, ao lado de Tocantins, Amapá, Roraima e Pará, figura entre os que não atingiram a média nacional e enfrenta o desafio de reverter essa realidade.

Falhas na Gestão da Educação de Wilson Lima: Um Raio-X Crítico


A persistente baixa performance do Amazonas no ranking da alfabetização levanta questionamentos sobre a eficácia da gestão da educação no governo de Wilson Lima. Apesar de programas federais e iniciativas de melhoria, a realidade amazonense sugere falhas estruturais e de implementação que impedem o avanço necessário.

Entre as principais críticas e apontamentos de falhas, destacam-se:

Infraestrutura Deficitária e Acesso Prejudicado: A vasta extensão territorial do Amazonas, com suas comunidades ribeirinhas e indígenas, exige um plano robusto de infraestrutura educacional. Críticos apontam que o governo Wilson Lima tem sido lento na expansão e melhoria de escolas em áreas remotas, dificultando o acesso de muitas crianças à educação regular e de qualidade. A falta de transporte escolar adequado e a precariedade das instalações são barreiras significativas para a frequência e o aprendizado.

Qualificação e Valorização Docente Insuficientes: A qualidade da alfabetização está intrinsecamente ligada à capacitação dos professores. Há reclamações sobre a falta de investimentos em formação continuada específica para alfabetizadores, além de políticas salariais que não atraem nem retêm talentos nas regiões mais carentes. Sem professores bem preparados e motivados, o processo de ensino-aprendizagem é comprometido.

Ausência de Políticas Públicas Robustas e Focadas: A gestão atual é criticada pela aparente falta de uma estratégia clara e contínua para a alfabetização, com foco nas particularidades do estado. Embora o governo federal tenha lançado o Compromisso Nacional, a implementação e adaptação local das diretrizes parecem ser insuficientes, sem programas estaduais complementares fortes que atendam às necessidades específicas da população amazonense, especialmente em relação ao letramento em contextos de diversidade linguística e cultural.

Fonte: Sistemas Estaduais de Avaliação 2023 e 2024 - Percentual de municípios que atingiram a meta em 2024  

Monitoramento e Avaliação Deficientes: Para corrigir rumos, é essencial um sistema eficaz de monitoramento e avaliação das políticas de educação. Há indícios de que os mecanismos de acompanhamento do desempenho dos alunos e das escolas não são robustos o suficiente, impedindo a identificação precoce de problemas e a aplicação de medidas corretivas em tempo hábil.

Impacto da Pandemia e Recuperação Lenta: Embora a pandemia de COVID-19 tenha afetado a educação em todo o país, a recuperação no Amazonas parece ser mais lenta. A falta de estratégias eficazes para a recomposição da aprendizagem, especialmente entre as crianças que ficaram sem acesso adequado às aulas remotas, pode ter aprofundado as defasagens já existentes.

A situação da alfabetização no Amazonas é um reflexo complexo de desafios geográficos, sociais e, notadamente, de gestão pública. Para que o estado consiga reverter seu quadro e caminhar em direção aos índices de sucesso observados em outras regiões do Brasil, será fundamental uma reavaliação profunda das políticas educacionais, com maior investimento, planejamento estratégico e um compromisso renovado com o futuro das crianças amazonenses. A educação, em suas bases mais elementares, clama por prioridade na agenda governamental.

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