STF Transmitirá ao Vivo Depoimentos de Réus da Trama Golpista


O Supremo Tribunal Federal (STF) dará um passo significativo em direção à transparência e à publicidade dos atos processuais ao transmitir ao vivo os depoimentos dos réus envolvidos na chamada "trama golpista". As sessões, que prometem ser de grande interesse público, ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho, com horários de manhã e tarde. A transmissão será acessível a todos os cidadãos por meio da TV Justiça e do canal do STF no YouTube.
A decisão de transmitir os interrogatórios reforça o compromisso do STF com o princípio da publicidade, um pilar fundamental do Estado Democrático de Direito. A medida permitirá que milhões de brasileiros acompanhem diretamente o desenrolar das investigações que apuram a tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, após as eleições de 2022.
Os primeiros a serem ouvidos serão os integrantes do que se convencionou chamar de “Núcleo 1”, considerados os líderes da articulação golpista. Entre os nomes que prestarão depoimento estão figuras proeminentes do governo anterior e das Forças Armadas:
 * Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
 * Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
 * Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
 * Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
 * Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
 * Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
 * Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
 * Braga Netto, ex-ministro e atualmente em prisão preventiva
A expectativa é que os depoimentos tragam à tona novos detalhes sobre a suposta articulação para subverter o resultado eleitoral e manter o então presidente no cargo. A transmissão ao vivo será um divisor de águas, garantindo que a sociedade brasileira tenha acesso direto e sem filtros às informações que surgirão durante as sessões.
Este movimento do STF reflete a seriedade com que o judiciário brasileiro tem tratado as acusações de atentado à democracia. Ao abrir as portas de seus procedimentos dessa forma, o Supremo reafirma seu papel como guardião da Constituição e da ordem democrática.

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