Brasília, Brasil – A Polícia Federal (PF) desvendou um esquema chocante de violência política e mercenária, revelando a existência de um grupo de extermínio que cobrava somas vultosas, de até R$ 250 mil, para espionar e assassinar autoridades. Entre os nomes encontrados em anotações da organização criminosa (ORCRIM) figuram os dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, sinalizando uma escalada preocupante na ameaça à estabilidade democrática do país.
A descoberta, que sacode os alicerces do cenário político e jurídico brasileiro, ocorreu durante as investigações do brutal assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em Cuiabá, no ano de 2023. O aprofundamento das apurações levou a PF a desbaratar uma rede complexa que contava com a participação ativa de militares da ativa e da reserva, o que adiciona uma camada ainda mais alarmante à gravidade da situação.
As investigações da Polícia Federal apontam para uma estrutura de crime organizado com alto grau de profissionalismo e planejamento, onde os integrantes não apenas executavam os crimes, mas também realizavam vigilância e levantamento de informações sobre os alvos. A inclusão de nomes de ministros do STF nas anotações da ORCRIM sugere uma clara intenção de desestabilizar instituições e silenciar vozes críticas, levantando sérias questões sobre a segurança de figuras públicas e a resiliência do Estado de Direito.
A operação da PF continua em andamento, e as autoridades buscam identificar todos os envolvidos, tanto os executores quanto os mandantes, para desvendar a extensão total dessa trama de violência política. A sociedade brasileira agora aguarda com apreensão os próximos passos das investigações, que prometem revelar mais detalhes sobre essa perigosa faceta do crime organizado no país.
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