A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Transparência, que investiga possíveis irregularidades na destinação de verbas públicas por meio de emendas parlamentares. Um dos alvos da ação é Mariângela Fialek, ex-assessora do deputado federal e ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e inclui o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Brasília, tanto na residência da investigada quanto em salas da Câmara dos Deputados onde ela atua.
Mariângela Fialek, conhecida como “Tuca”, foi chefe da assessoria parlamentar da presidência da Câmara durante a gestão de Arthur Lira. Ela era responsável pela organização e liberação de emendas parlamentares, incluindo as ligadas ao chamado “orçamento secreto”, mecanismo declarado inconstitucional pelo STF em 2022.
Atualmente, Fialek está lotada na liderança do Partido Progressistas na Câmara, com salário superior a R$ 23 mil.
Segundo a PF, a operação apura suspeitas de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção relacionadas ao uso de emendas parlamentares.
Arthur Lira não é alvo da operação, segundo a corporação.
A investigação busca esclarecer se houve manipulação na indicação e execução das emendas, além de possíveis desvios de recursos públicos.