Líder do MBL e comentarista da Jovem Pan é pego em esquema de corrupção e sonegação de impostos

Empresários e Líder de Extrema-Direita Envolvidos em Esquema Bilionário de Corrupção e Sonegação


Uma megaoperação da Receita Federal e do Ministério Público expôs um sofisticado esquema bilionário de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, com a participação central de empresários e um proeminente líder de um grupo de extrema-direita.

A operação "Poço de Lobato" teve como um de seus alvos diretos Cristiano Moreira Pinto Beraldo, conhecido líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e comentarista político da Jovem Pan. As investigações apontam Beraldo como um operador-chave na estruturação de empresas offshore em paraísos fiscais, como Delaware, nos Estados Unidos. Essas empresas estariam vinculadas ao empresário Ricardo Magro, identificado como o cérebro do esquema e o maior devedor de ICMS do estado de São Paulo.

De acordo com as autoridades, a atuação de Beraldo foi determinante para criar uma complexa rede de holdings, fintechs, fundos e offshores. O objetivo era ocultar patrimônio, blindar recursos e simular operações financeiras, caracterizando uma "engenhosa" estratégia de confusão patrimonial para dificultar o rastreio de valores suspeitos. Registros empresariais mostram que empresas administradas por Beraldo compartilham endereço com firmas de Ricardo Magro em Miami, reforçando as evidências de triangulação internacional.

Esquema em Grande Escala e Reação dos Envolvidos


A operação, que mobilizou mais de 600 agentes e cumpriu 190 mandados, investiga uma organização com características de crime organizado, responsável por sonegar dezenas de bilhões de reais em impostos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao comentar o caso, vinculou o setor de combustíveis ao financiamento de atividades criminosas de grande escala, enfatizando que "é o andar de cima que irriga com bilhões as atividades criminosas".

Após ser citado na operação, Cristiano Beraldo anunciou seu afastamento da Jovem Pan e da militância política, alegando surpresa e afirmando que "trabalhou duro para ganhar cada centavo". Ricardo Magro, que vive entre os EUA e Portugal, não foi localizado pelas autoridades. A Refit, grupo controlado por Magro, emitiu nota negando irregularidades e classificando a dívida como uma "disputa jurídica legítima".

As investigações continuam em andamento, com a possibilidade de se estenderem para o exterior por meio de cooperação internacional, aprofundando o cerco sobre os envolvidos no esquema.

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