Operação Poço de Lobato mira Grupo Refit
O grupo Refit, do setor de combustíveis, é alvo da Operação Poço de Lobato e, segundo a Receita, causou mais de R$ 26 bilhões de prejuízo ao país. A CNN apurou que só São Paulo perdeu mais de R$ 9 bilhões entre 2007 e 2024.
A empresa é considerada uma das maiores devedoras de ICMS e tributos federais e teria movimentado R$ 70 bilhões em um ano por meio de fundos, offshores e uma exportadora no exterior para ocultar lucros. Há vínculos com investigados da Operação Carbono Oculto, que apura infiltração do PCC no setor.
A operação mobiliza mais de 600 agentes e cumpre 126 mandados em seis estados e no DF contra suspeitos de fraudes fiscais, lavagem de dinheiro e atuação em organização criminosa.
O Grupo Refit, do setor de combustíveis, é acusado de causar mais de R$ 26 bilhões em prejuízo aos cofres públicos e virou alvo da Operação Poço de Lobato. Segundo o MPSP, o esquema envolvia três pilares: uso de empresas interpostas que atuavam como “laranjas” para evitar o pagamento de ICMS, simulação de vendas interestaduais para reduzir artificialmente tributos e camadas de blindagem societária com falsificações, offshores e estruturas financeiras criadas para ocultar os verdadeiros beneficiários.
A Receita apontou ainda que o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em um ano usando fundos de investimento, empresas próprias e uma exportadora no exterior para dar aparência lícita ao dinheiro. A força-tarefa mobiliza 621 agentes e cumpre 126 mandados em seis estados e no DF, mirando 190 pessoas e empresas suspeitas. A Refit foi classificada como “devedora contumaz”, quando a sonegação não decorre de atraso, mas de prática deliberada e contínua.