Isolamento e Abandono: Comandante Dan Denuncia Falta de Energia em Anori e Crise em Envira


Manaus, AM – A situação crítica de comunidades ribeirinhas no interior do Amazonas foi o foco do pronunciamento do deputado estadual Comandante Dan (Podemos) nesta terça-feira. O parlamentar denunciou o isolamento de Envira e a falta de energia elétrica que atinge a Comunidade Costa da Liberdade, no município de Anori, há mais de seis meses.

Em sua fala, Comandante Dan destacou que a comunidade de Costa da Liberdade, localizada a 234 quilômetros de Manaus, está sem energia elétrica desde que um cabo se rompeu. A empresa Amazonas Energia havia prometido uma solução em 120 dias, mas, segundo o deputado, o prazo não foi cumprido.

“Estive pessoalmente na Comunidade, no dia 26 de julho, e a situação já era trágica. Já se passou mais de um mês e nada foi feito”, criticou o deputado. Ele ressaltou que, em seis meses, já seria possível instalar um gerador ou painéis solares para atender a população. “A comunidade quer energia, não importa a fonte”, afirmou.

Água Imprópria e o Risco da Vazante

Além da falta de energia, a comunidade Costa da Liberdade enfrenta outro problema grave: a escassez de água potável. O único poço artesiano local está com a água imprópria para consumo, forçando os moradores a se deslocarem por cerca de uma hora de rabeta até a sede do município para conseguir água.

O Comandante Dan enfatizou que a falta de infraestrutura básica impede o desenvolvimento dessas comunidades. “Sem energia, não há sequer comunicação para uma emergência. Sem água, não há saúde”, disse. Ele questionou o futuro desses moradores, especialmente com o risco de isolamento causado pela vazante dos rios. “Quando a vazante isolar, vão se comunicar por sinais de fumaça? Qual é a perspectiva? O esquecimento, o ostracismo?”, questionou o parlamentar.

Envira em Alerta para o Desabastecimento


A situação de Envira, a 1.160 quilômetros de Manaus, também foi pauta da denúncia. A cidade já decretou estado de emergência devido à vazante, que ameaça o abastecimento de água e o transporte de suprimentos essenciais, como alimentos e medicamentos.

O deputado relembrou a crise de setembro de 2024, quando 10 mil pessoas foram impactadas pelo desabastecimento e aumento de preços. Um ano depois, o cenário se repete. “Há um plano de prevenção? Um plano emergencial que não seja reativo, para ação apenas depois da tragédia se instalar?”, indagou o deputado, que esteve na cidade no último dia 6 de setembro. “Nossa população não pode passar pelo que passou em 2023 e 2024”, concluiu.

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