Em rota de colisão com a Terra: asteroide pode atingir América do Sul

Asteroide 2024 YR4: América do Sul entre possíveis áreas de impacto


Um asteroide de tamanho considerável, batizado de 2024 YR4, está sendo monitorado de perto por astrônomos ao redor do mundo devido à sua rota potencial de colisão com a Terra. Embora a probabilidade de impacto seja relativamente baixa — estimada em 2,3%, ou 1 em 43 — a ameaça é levada a sério pela NASA, que o classificou como nível 3 na Escala de Risco de Turim.

O que sabemos até agora

  • Descoberta: O asteroide foi detectado em 27 de dezembro de 2024 pelo telescópio Atlas, localizado no Rio Hurtado, Chile.
  • Dimensões: Estima-se que tenha entre 40 e 90 metros de largura, o equivalente ao tamanho de um edifício de vários andares.
  • Data de possível impacto: 22 de dezembro de 2032.
  • Área de risco: Segundo o engenheiro da NASA David Rankin, o chamado “corredor da morte” inclui partes da América do Sul, Sul da Ásia, Mar Arábico e Norte da África. Países como Índia, Venezuela, Paquistão, Equador, Bangladesh, Etiópia, Colômbia, Sudão e Nigéria estão entre os mais vulneráveis — dependendo da rotação da Terra no momento do impacto.

Monitoramento intensivo


Desde sua descoberta, o 2024 YR4 tem sido acompanhado por diversos telescópios, incluindo o poderoso Telescópio Espacial James Webb. Os cientistas enfrentam uma corrida contra o tempo: o asteroide deve desaparecer de vista em abril, o que dificultaria novas medições até seu reaparecimento previsto para junho de 2028.

A estimativa de tamanho tem variado, já que os cálculos se baseiam na luz refletida em sua superfície. Essa incerteza reforça a necessidade de vigilância constante.

Potencial destrutivo


Embora o 2024 YR4 seja muito menor que o asteroide de 10 km que causou a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos, seu impacto ainda poderia ser devastador. Especialistas estimam que ele poderia causar destruição em uma área de até 2.150 km² — semelhante ao evento de Tunguska, em 1908, que arrasou uma vasta região da floresta siberiana.

Estratégias de defesa

Caso o risco de impacto se confirme, cientistas já estudam três possíveis métodos para desviar o asteroide:

  • Uso de bombas nucleares
  • Aplicação de lasers solares
  • Impactadores cinéticos (colisões controladas com objetos espaciais)

Essas alternativas, embora ainda teóricas, fazem parte de um esforço global para evitar uma catástrofe.

A humanidade já enfrentou ameaças cósmicas antes, mas o avanço da tecnologia e da cooperação internacional pode ser a chave para evitar novos desastres. Enquanto o 2024 YR4 segue sua trajetória incerta, os olhos da ciência permanecem atentos — e o mundo, em alerta.

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