Banco do Brasil denuncia campanha de desinformação orquestrada por extrema direita que visa desestabilizar o sistema financeiro


BRASÍLIA — O Banco do Brasil (BB) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para denunciar uma série de postagens em redes sociais que espalham informações falsas e incitam a retirada de dinheiro da instituição.
A manobra, que o banco classifica como uma ameaça não só à sua reputação, mas a todo o Sistema Financeiro Nacional, tem como um de seus principais expoentes o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Em um ofício enviado à AGU, o BB lista perfis que estão disseminando boatos e incentivando correntistas a fecharem suas contas. A instituição aponta que a campanha de desinformação, com características de ataque orquestrado, começou na última terça-feira (19) e tem gerado um cenário de risco.
O material mais citado na denúncia é um vídeo de Eduardo Bolsonaro, publicado em seu canal no YouTube, que conta com mais de 1,7 milhão de seguidores. Na gravação, o deputado afirma, sem apresentar qualquer prova, que o "Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência". O banco reportou que, em razão da campanha, clientes têm procurado a instituição para pedir esclarecimentos, temendo as "sanções secundárias falsamente propagadas" pelo parlamentar.
Prejuízos e crime contra a economia popular

Além de desestabilizar a confiança pública, as informações falsas podem causar prejuízos concretos à instituição e aos seus clientes. A divulgação de notícias infundadas sobre o sistema financeiro se enquadra como crime contra a economia popular, com pena prevista de dois a seis anos de prisão e multa para quem divulgar, ou propalar, notícias falsas sobre instituições financeiras.
A denúncia do BB contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros perfis nas redes sociais reforça um padrão de comportamento da extrema direita brasileira, que frequentemente utiliza plataformas digitais para disseminar informações inverídicas e desestabilizar instituições democráticas e de mercado. A ação da AGU, que deve acionar a Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), busca não apenas a remoção do conteúdo, mas a responsabilização dos envolvidos por crimes que atentam contra a estabilidade econômica do país.

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