REFORMA ADMINISTRATIVA? SÓ SE FOR DOS RICOS
O ministro Fernando Haddad afirmou nesta segunda que a Reforma Administrativa deveria começar pelos supersalários do topo do serviço público. Segundo ele, enquanto não cortarem os privilégios dos mais ricos, o discurso de ajuste é vazio. O ministro já enviou propostas nesse sentido, mas o Congresso não avançou.
Haddad também alertou que partes da PEC 32, como o trecho que trata da segurança pública, podem aumentar os gastos. Disse que há um certo “fetiche” em torno da ideia de reforma administrativa e defendeu mais cautela ao tratar o tema.
Enquanto o governo tenta calibrar o orçamento, inclusive com mudanças no decreto do IOF, o Congresso continua evitando discutir privilégios no alto escalão. O desafio é ajustar as contas sem empurrar o peso pra quem tem menos.