Morte de Carlinhos escancara o despreparo das escolas e dos pais em relação ao Bullying

Mãe de Carlinhos, autista, que morreu em decorrência de violência causada por bullying

Praia Grande, SP — A morte prematura de Carlos Teixeira, carinhosamente conhecido como Carlinhos, chocou a comunidade escolar e expôs a crueldade do bullying. No entanto, o que torna essa tragédia ainda mais dolorosa é o papel negligente e conivente da escola.

O Caso de Carlinhos

Carlinhos, um adolescente de apenas 13 anos, sofreu agressões brutais dentro das dependências da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande, litoral de São Paulo. O motivo? Um simples pirulito. Dois colegas pularam sobre suas costas, deram socos em seu rosto e o arrastaram até o banheiro. Carlinhos não queria sair da escola, pois desejava proteger outros alunos que também sofriam bullying.

O Silêncio da Escola

A mãe de Carlinhos, Michele de Lima Teixeira, revelou que percebeu o bullying quando o filho mencionou que precisava ficar forte para enfrentar os colegas. Ela sugeriu que ele mudasse de escola, mas Carlinhos recusou, alegando que queria proteger seus amigos.

A escola, no entanto, fechou os olhos para o sofrimento de Carlinhos. Os diretores e professores sabiam do bullying, mas não tomaram medidas efetivas. Além disso, o sistema de saúde também falhou. Carlinhos foi atendido cinco vezes no Pronto-socorro Central e liberado em todas elas. Sua mãe, ainda abalada, lamenta: “Meu filho tem uma história e uma família. O vazio vai ficar para sempre, e ninguém vai sofrer nada porque eu não acredito na Justiça.”

Responsabilização Urgente

Precisamos de uma lei que responsabilize, não apenas os menores envolvidos, mas também os pais e a escola por crimes de bullying. O nome de Carlos Teixeira deve ser lembrado, e sua história não pode cair no esquecimento.

A tragédia de Carlinhos é um alerta para a necessidade de mudanças urgentes em nosso sistema educacional. Não podemos permitir que outras crianças sofram o mesmo destino.

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