Brasil tem a pior política de drogas do mundo, aponta ranking inédito

O extermínio da população jovem e negra das periferias do Brasil em nome da famigerada "guerra às drogas" falhou e segue piorando - já queimada - imagem do Brasil no mundo.

O Global Drug Policy Index, ranking inédito publicado neste domingo, mostra a relação de mais de 30 países com suas políticas de drogas e o Brasil aparece em último da lista, atrás de Uganda, México e até Indonésia, que tem pena de morte para traficantes. A Noruega, país mais bem avaliado, somou 74 pontos; o Brasil, último colocado, 26. A média global foi de 48 pontos. A conclusão apresentada é que "a dominância global de políticas de drogas baseadas em repressão e punição levou a uma pontuação baixa em geral".

O levantamento pontuou cada país avaliando temas como combate repressivo às drogas, sistema criminal de justiça, redução de danos e acesso a medicamentos.

O estudo do IGPD afirma que todos os países avaliados têm um ponto em comum. O impacto desproporcional do controle de drogas sobre as pessoas marginalizadas com base em gênero, etnia e status socioeconômico foi relatado, em diferentes níveis, em todas as dimensões e de todos os locais. No Brasil, o ponto central é o extermínio feito pelas forças policiais nas periferias, dizimando os jovens que vivem nesses locais.

O ranking é um projeto do Harm Reduction Consortium (consórcio de redução de danos), que inclui entidades de pesquisa em drogas e redução de danos em todo o mundo, entre elas o IDPC (International Drug Policy Consortium) —que, por sua vez, reúne mais de 190 ONGs e é financiado, entre outros, por Open Society e UNODC (Escritório da ONU para Drogas e Crime).

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