Mais de 400 ativistas foram detidos por forças israelenses; manifestações se espalham pela Europa e ganham dimensão global
Manifestação em Paris, prostesto contra o sequestro dos barcos da Global Sumud Flotilla. |
Cidades europeias foram palco de intensos protestos neste final de semana após a interceptação de uma flotilha de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza por forças israelenses. A operação resultou na prisão de mais de 400 ativistas e desencadeou uma onda de manifestações pró-palestinas em diferentes países.
Em Barcelona, os atos tiveram momentos de tensão, com manifestantes quebrando vitrines e pichando lojas de redes como Starbucks, Burger King e Carrefour, acusadas de cumplicidade com Israel. Apesar disso, parte dos participantes repudiou o vandalismo e defendeu mobilizações pacíficas.
Na Itália, estudantes ocuparam universidades em cidades como Milão, Roma e Bolonha. Em Turim, centenas bloquearam o tráfego em vias centrais, enquanto profissionais da saúde anunciaram um flash mob em homenagem a colegas mortos em Gaza. O movimento cresceu com a adesão de sindicatos italianos, que convocaram uma greve geral e organizaram mais de 100 marchas em todo o país. O ministro da Defesa, Guido Crosetto, criticou os atos, alegando que eles causaram bloqueios e destruição.
As manifestações também se espalharam para outras partes do mundo. Marchas de solidariedade à Palestina foram registradas em Paris, Berlim, Genebra, Dublin, Buenos Aires, Cidade do México, Karachi e Istambul, onde milhares de pessoas protestaram em frente à embaixada de Israel.
O episódio reforça a escalada da tensão internacional em torno do conflito no Oriente Médio, que segue mobilizando diferentes setores da sociedade civil, de estudantes e sindicatos a profissionais de saúde, em defesa da população palestina.
Fonte: Reuters