Pai e madrasta que torturaram e tentaram matar menino de 4 anos são presos em Manaus

Manaus – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu nessa quinta-feira o casal identificado como Clayton Augusto, e Beatriz Rodrigues, acusados pelos crimes de tortura e tentativa de homicídio contra o pequeno Davi Lucas, de apenas 4 anos de idade. 

Davi sofreu danos irreversíveis no cérebro após ser vítima de uma série de espancamentos e maus-tratos, incluindo ter engolido uma moeda e ter uma tampa de creme dental colocada em sua garganta. 

O casal estava sob suspeita desde agosto de 2023, mas somente em novembro a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) começou a divulgar a foto dos dois, e desde então estavam foragidos da justiça. Os dois foram presos em uma comunidade em Manaus, durante operação realizada nas primeiras horas dessa manhã, sob a coordenação da delegada Joyce Coelho, titular da especializada, que investiga o caso. Mais detalhes serão fornecidos durante uma coletiva de imprensa marcada para amanhã, sexta-feira (12). 

Relembre o caso 

Davi com a mãe Kemila aos 4 anos e ao lado aos 6 anos após o crime. A criança teve danos irreversíveis. (Arquivo pessoal). 

Os crimes ocorreram em junho de 2022, no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus, quando Davi tinha apenas 4 aninhos. O suspeito Clayton é pai de Davi, e Beatriz a madrastra. Davi Lucas foi violentamente agredido e torturado pela madrasta. Ao dar entrada no hospital por uma suposta “queda no banheiro”, a criança apresentava hematomas, marcas de mordidas e cortes na região do pênis, além de outros ferimentos graves. 

Ele foi internado em estado gravíssimo no Pronto-Socorro da Zona Oeste onde teve uma parada cardíaca. Ele foi transferido em estado grave para o Hospital e Pronto-Socorro Joãozinho, onde já chegou em coma. A PC-AM concluiu que Davi foi violentamente agredido enquanto estava sob os cuidados da madrasta, com a conivência do próprio pai. Os relatos indicam que o menino já havia sofrido outras agressões anteriormente, mas as denúncias não foram suficientes para evitar a tragédia que quase levou a criança a morte.

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