JOVEM SOFRE ABUSO SEXUAL EM POSTO DE GASOLINA

ASSÉDIO SEXUAL AINDA HOJE É VISTO COMO CULPA DA VÍTIMA PELA SOCIEDADE

A Polícia Civil indiciará um jovem de 22 anos suspeito de assediar sexualmente uma estudante de 22 anos e depois tentar atropelar a vítima. Depois que o homem teria passado a mão nas partes íntimas da estudante, uma briga generalizada ocorreu na madrugada de sábado (25), em um posto de combustíveis no bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul de Manaus.


O jovem, que não teve identidade revelada, será indiciado por tentativa de homicídio, lesão corporal e dano material. A vítima, o namorado, o suspeito do crime e uma testemunha prestaram depoimento na manhã desta quarta-feira (29), no 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Eles não quiseram falar com a imprensa.

O delegado Cícero Túlio, titular do 23º DIP, disse que as investigações sobre o caso iniciaram no domingo (26) para identificar as pessoas envolvidas. O suspeito se apresentou espontaneamente na segunda-feira (27), com uma advogada. Porém, o depoimento dele não foi realizado porque a equipe de investigação não tinha as imagens de segurança.
"Essas imagens foram disponibilizadas na tarde de ontem e, após análise, conseguimos identificar que era um crime muito mais grave do que aquele que havia sido noticiado. Trata-se uma tentativa de homicídio e um dano qualificado. A questão da briga com importunação ofensiva ao pudor e lesão corporal vamos também apurar no mesmo inquérito. Pelo teor das imagens, percebe-se que, por muito pouco, as vítimas não foram atingidas pelo veículo", explicou o delegado.
Não há previsão de pedido de prisão do homem. O irmão do jovem também poderá ser indiciado.
"Vamos verificar as versões formais e verificar se existe a possibilidade de pedido de prisão. Vamos verificar se foi só um autor ou se o irmão dele teria participado", justificou delegado Cícero Túlio.
A vítima e o namorado prestaram depoimento. A estudante afirmou em depoimento que o homem tocou as partes íntimas dela.

"As imagens são claras e não há nenhuma dúvida a cerca do cenário do delito que estamos apurando. Basta apenas ouvir as testemunhas arroladas pelo autor", afirmou o delegado.

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