Novo exame detecta lesões pré-cancerosas em mulheres em Envira



Manaus – De 570 análises de exames preventivos, cujas amostras foram preparadas pelo método de citologia em meio líquido, coletadas em mulheres no Envira (a 1.208 quilômetros de Manaus), entre março e abril deste ano, durante a visita do Barco PAI ‘Todos pela Vida’, 12 apresentaram lesões pré-cancerosas. A informação é da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).

De acordo com o órgão estadual, o exame de rastreio tem a finalidade de detectar lesões de diversos graus no colo uterino, causadas, em geral, pelo vírus HPV, ajudando a prevenir o câncer. As pacientes que apresentaram lesões pré-cancerosas serão submetidas a procedimentos de colposcopias para a realização de biópsias e conizações (cirurgias de pequeno porte). Em caso de diagnóstico de câncer, elas serão encaminhadas para tratamento na FCecon, explicou o diretor-presidente da instituição, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci.

“O tumor de colo uterino é o mais incidente entre as amazonenses e essa medida ajuda a combatê-los e viabiliza o diagnóstico precoce da doença, reduzindo a mortalidade”, explicou Ricci.

A metodologia foi implantada na rede pública do Amazonas, através do Fundo de Promoção Social (FPS), que adquiriu 5 mil kits de citologia em meio líquido para serem levados a comunidades ribeirinhas no interior do Estado por meio do barco do Pronto Atendimento Itinerante (PAI). O exame apresenta mais eficácia que o Papanicolau. “Isso significa uma maior capacidade de descobrir se as mulheres podem desenvolver o câncer no colo uterino e agir de maneira preventiva”, destaca a presidente de honra do FPS, Socorro Siqueira.

Citologia em meio líquido?
“A citologia em meio líquido é um procedimento que aumenta a sensibilidade do teste (Papanicolaou), por eliminar componentes que poderiam prejudicar a leitura da lâmina, como muco e sangue, aumentando sua visibilidade”, explicou a diretora de Ensino e Pesquisa da FCecon, Dra. Kátia Luz Torres. Além disso, o método convencional tem maior quantidade de campos a serem avaliados, o que torna a leitura mais demorada. “No meio líquido, o agente de saúde coleta o material no colo uterino e o envia à análise, de forma que ele fique mais bem conservado. Quando chega ao laboratório, ele é analisado através de um equipamento automatizado”, explicou.

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