Adolescente autista de 13 anos morre após sofrer bullying de colegas na escola

Delinquentes pularam em cima das costas dele e fraturaram sua coluna.

Praia Grande, SP — Carlos Gomes Nazarra Teixeira, um jovem de apenas 13 anos, faleceu após ser vítima de agressões dentro da Escola Estadual Júlio Pardo Colto, localizada no bairro Vila Mirim, em Praia Grande, litoral paulista. O trágico incidente chocou a comunidade escolar e levanta questões urgentes sobre o combate ao bullying.

Histórico de Sofrimento

Carlos, que era autista, frequentava o sexto ano do Ensino Fundamental. Infelizmente, sua experiência escolar foi marcada por frequentes episódios de bullying. Ele já havia sido agredido em outras ocasiões dentro da escola estadual, mas o último ataque teve consequências devastadoras.

O Vídeo Revelador

Em um vídeo angustiante, Carlos relatou as agressões que sofreu. Ofegante e visivelmente abalado, ele descreveu a dor que sentia ao respirar. Em outro trecho, aparece em estado grave, evidenciando a gravidade das agressões.

Negligência e Tragédia

Após a data da agressão, Carlos começou a sentir muitas dores nas costas, seguidas de falta de ar, calafrios e febres muito altas. Ainda segundo o pai, ele foi levado ao Pronto de Socorro Central da Praia Grande, onde foi liberado após tomar uma injeção na região da coluna. No entanto, o tratamento não resolveu o problema, e Julisses chegou a levar o adolescente outras vezes à unidade, mas recebeu diagnósticos equivocados de escoliose e de dor nas costas.

Desespero e Luta

O pai gravou um vídeo, onde é possível ver o menino com falta de ar, em meio ao choro. Julisses diz: “Tu nem estava brincando com ele?”. “Não”, o jovem nega. Também foram encontrados vídeos de agressões passadas contra o menino.

Nisso, os sintomas se intensificaram na última segunda-feira (15), e Julisses decidiu levar o filho à UPA Central de Santos, onde ele precisou ficar internado e entubado. Na terça-feira (16), Carlos foi transferido para a Santa Casa de Santos.

No mesmo dia, o garoto sofreu três paradas cardiorrespiratórias e veio a óbito. “Me sinto acabado e destruído […]. O meu filho estava sofrendo bullying. O meu menino estava em estado de pânico o tempo todo”, disse Julisses.

Investigação e Responsabilidade

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse que o caso foi registrado como morte suspeita e é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande. O corpo de Carlos passará por necropsia, procedimento médico que examina a causa da morte.

A Prefeitura de Praia Grande solicitou, junto à secretaria de Estado, uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino onde ocorreu o caso é estadual.

Luto e Reflexão

Carlos Gomes Nazarra Teixeira deixa uma lacuna na comunidade escolar e em nossos corações. Enquanto lamentamos sua perda, também devemos refletir sobre como podemos criar ambientes escolares mais seguros e livres de violência.

Que a memória de Carlos inspire mudanças significativas e ações concretas contra o bullying.

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